Lameh afirma que direitos têm que ser garantidos a todos

Secretário de Assuntos Difusos, Lameh Smeili, representa o prefeito Guti durante seminário
A Subsecretaria da Igualdade Racial (SIR), vinculada à Secretaria de Assuntos Difusos (SAD), realizou nos dias 16 e 17 de julho, o Seminário Internacional de Migração, Refúgio e Tráfico de Pessoas, com participação de especialistas da área. A atividade contou com mesas temáticas para sensibilizar os setores públicos e a sociedade civil no desenvolvimento de estratégias que estabeleçam a melhor forma de interlocução das políticas públicas em curso, visando a atenção integral da população migrante em Guarulhos.

Representando o prefeito Guti, o secretário Lameh Smeili (SAD) destacou a importância do ACNUR, o trabalho da Asbrad, guerra da Síria, política de segregação dos Estados Unidos, e outros temas que ferem os direitos humanos. “Estamos recebendo cerca de 40 mil refugiados no norte do país. O nosso dever como poder público é garantir direitos iguais a todos”, afirmou. 
 
Durante a abertura, Maria Beatriz Nogueira, do Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), apresentou recente Relatório de Tendências Globais de 2017, onde aponta que 68,5 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas regiões de origem por causa de conflitos armados, crises, violência generalizada ou algum tipo de perseguição. 

De acordo com o relatório, somente em 2017, estima-se que 16,7 milhões de pessoas foram obrigadas a sair de suas casas. “Esse tema sempre foi muito restrito, há discussões entre estado, por ser na sua origem um problema que tem a ver com fronteiras, documentação, polícia migratória, entre outras. Não basta só o engajamento entre os estados, é preciso o envolvimento de diversos outros segmentos”, disse Maria Beatriz.

O subsecretário Anderson Guimarães (SIR) afirmou que o seminário proporcionou discussões de qualidade com a participação de organismos internacionais, universidades e sociedade civil que já atendem essa população, como o ACNUR, a Unicamp com Diagnósticos do Atlas de Migração Contemporânea, a Caritas Arquidiocesana, Missão Paz, CAMI, ASBRAD, entre outras. “A política de igualdade racial carrega em seu escopo experiências marcantes, que é o processo de migração forçado dos africanos e toda desigualdade que vivemos hoje. Temos que pensar todo esse desdobramento e instituir o Comitê de Imigração, para subsidiar todos os pensamentos de política pública”, disse.


Imagem: Fábio Nunes Teixeira/PMG